terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cogumelos comestíveis e uso recreativo dos fungos



As relações entre o homem e os cogumelos é algo fascinante. Segundo a crença dos egípcios, os cogumelos eram presentes do deus Osíris, enquanto os romanos o chamavam de “alimento-divino”, por acreditarem que esses fungos fossem o resultado dos raios lançados por Júpiter durante as tempestades. Os cogumelos estão também enraizados na cultura dos povos orientais desde milhares de anos. Além de sua utilização como alimento, os povos asiáticos, principalmente chineses e japoneses, utilizam uma ampla gama de espécies de cogumelos na sua medicina.

Entre os principais fungos comestíveis consumidos mundialmente, destacamos:

► Pleurotus sajor-caju - Conhecido no Japão como “Houbitake”, pertence à família Tricholomataceae, sendo decompositores primários de madeira e compostos vegetais lignocelulíticos. De origem asiática, atualmente ocupa a terceira posição na produção comercial de cogumelos no mundo. Característico pelo seu sabor suave, o Pleurotus sajor-caju é rico em vitaminas e aminoácidos e apresenta propriedades terapêuticas comprovadas. Por tais características, essa espécie é uma excelente escolha para iniciar a população no hábito do consumo de cogumelos comestíveis, adicionando à dieta um alimento extremamente saudável e ao mesmo tempo saboroso e suave.

Fonte:Google

► Agaricus bisporus - Espécie européia (pertencente à família Agaricaceae), mais conhecida como Champignon-de-Paris, é o cogumelo mais consumido mundialmente. Ele foi domesticado no século 17 pelos franceses e a produção mundial é estimada em aproximadamente um milhão de toneladas. Ele é um excelente acompanhamento para carnes. Entre algumas notas interessantes, a produção da cidade de Csasar na Hungria é feita sob mísseis nucleares que seriam usados contra a Alemanha durante a Guerra Fria. E por ironia do destino, o mercado consumidor dos cogumelos de Csasar é justamente a Alemanha.

Fonte:Google


► Lentinula edodes - Espécie asiática (pertencente à família Tricholomataceae), mais comumente chamada de Shiitake, é amplamente utilizada na cozinha oriental. Seu cultivo (geralmente utilizando toras de eucalipto como substrato) deve ser feito sob temperaturas que não ultrapassem 25° e em locais com clima úmido. Em lojas especializadas, o quilo de shiitake seco custa em torno de U$ 40,00.


Fonte:Google


► Tuber melanosporum - Este Ascomycete (pertencente à família Tuberaceae) é uma das jóias da culinária mundial. Mais conhecidas como Trufa Negra, Trufa Rainha e Trufa Perigord esse fungo é o que os franceses chamam de diamante da cozinha. Uma frase interessante diz: “Ta femme, tes truffes et ton jardin, garde-les bien de ton voisin” (“Tua mulher, tuas trufas e teu jardim, guarde-os bem de seu vizinho”). A veneração francesa pelas trufas é tão grande que Molière nomeou Tartuffe (antigo nome francês para trufa) como o protagonista de uma de suas comédias. As trufas conferem ao prato um aroma único, além de acentuar o sabor dos ingredientes principais. As mais requisitadas são as de origem francesa, porém as italianas da região da Úmbria e Piemonte também são de reconhecida qualidade. Infelizmente, essas jóias culinárias são nativas apenas da Europa, apesar de existir outras espécies comestíveis no resto do mundo, porém sem o mesmo glamour e merecida veneração. Seu preço é altíssimo (em torno de U$100/quilo), não apenas pelo fato de ser um ingrediente único para a alta gastronomia no que se refere ao seu aroma, mas também pelo fato de ser bastante difícil de serem encontradas na natureza. Seu corpo de frutificação é subterrâneo e só pode ser encontrado caso farejado por cachorros treinados ou porcas (por o cheiro da trufa se assemelha ao feromônio liberado pelos porcos).


Fonte:Google


► Morchella sp. - Várias espécies do gênero Morchella (família Morchellaceae) são para os apreciadores de fungos comestíveis, o que há de supremo. Como acompanhamento para carnes juntamente com um bom vinho, eles são inigualáveis. Com o píleo todo ornamentado com grandes buracos, elas têm ampla ocorrência mundial, apesar de que em muitas áreas é difícil de encontrá-las em quantidade considerável (além de fato de frutificarem apenas no mês de maio). Em Michigan, 500.000 pessoas se aventuram todos os anos pelas colinas na caça às Morchella angusticeps (negra) e Morchella esculenta (branca). A M. esculenta é mais gelatinosa e firme que a negra, porém seus sabores e aromas são próprios e inesquecíveis, segundo os apreciadores, não havendo superioridade da branca em relação à negra.


Fonte:Google


► Tricholoma matsutake - O famoso Matsutake ou Cogumelo de Pinheiro é um dos cogumelos mais premiados do mundo. De origem japonesa é considerado como um dos melhores fungos comestíveis que existem, tendo preços astronômicos no próprio Japão,algo em torno de U$ 200/quilo. Espécie silvestre, não foi domesticada ainda. Disputas acirradas por territórios onde outro cogumelo cresce, o Tricholoma magniverale (a versão americana do matsutake, porém que não tem a mesma qualidade do japonês) tem provocado muita confusão entre os caçadores de cogumelos, parecendo para Kendrick que o velho-oeste ainda não foi totalmente banido.


Fonte:Google


► Auricularia polytricha - Conhecido como um-er ou orelha-de-pau, esse fungo gelatinoso pertence à ordem Auriculales. Crescendo em árvores mortas, esse fungo de variável empregabilidade na cozinha chinesa tem textura crocante. Recentemente se tem sugerido que as baixíssimas taxas de doenças cardíacas na população chinesa são devido ao hábito de consumo deste fungo. Em torno de 8 mil toneladas são consumidas anualmente no mundo.
Fonte:Google



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Liquens

Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.
A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do líquen é formado pelo fungo.
Morfologia
Normalmente existem três tipos de talo:

Crostoso: o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.
Folioso: o talo é parecido com folhas.

Fruticoso: o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.
Reprodução
Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formar conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. Os esporos formados pelos fungos do líquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.
O fotobionte se reproduz vegetativamente. O líquen pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. O líquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo.
Habitat
Os liquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.
A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.
Importância Econômica
Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.
Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.
Os liquens são extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.
Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.

Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos4.php

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tinea inguinal ("micose da virilha, jererê")

O que é?

A tinea inguinal (ou tinea crural), micose que atinge a região da virilha, é causada pelo crescimento, nesta região, de fungos do gênero dermatófitos ou pela levedura Candida albicans. A anatomia da virilha favorece o crescimento destes microorganismos, devido à escuridão, calor e umidade características desta área do corpo.

Fonte:Dermatologia.net


Durante o verão, com o aumento do suor ou o uso de roupas de banho molhadas durante muito tempo, a umidade local aumenta ainda mais, o que torna este tipo de micose mais frequente nesta época do ano. A tinea inguinal é confundida com alergia ao tecido elástico das roupas de baixo ou de banho. Na verdade, o uso de tecidos sintéticos favorece o crescimento da micose por dificultar a evaporação do suor.

Manifestações clínicas

A doença se manifesta pela formação de manchas avermelhadas, úmidas ou descamativas, geralmente acompanhadas de muita coceira. Atingem a região da virilha mas podem se alastrar até as nádegas e o abdomem.
Quando o fungo responsável é o dermatófito, as lesões apresentam bordas bem delimitadas, em geral descamativas, que vão crescendo de forma centrífuga .

Tratamento

Para evitar a tinea inguinal dê preferênica ao uso de roupas frescas, principalmente nos meses mais quentes do ano. Use roupas de baixo de algodão, evitando as de tecido sintético, e evite ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo.
O tratamento da micose pode ser feito com medicamentos de uso tópico ou via oral, o que vai depender da extensão da doença. Procure um dermatologista aos primeiros sintomas sem usar nenhuma medicação, pois elas podem mascarar o aspecto da doença, dificultando o diagnóstico correto e a indicação do medicamento mais apropriado para cada caso.

Fonte:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/tineacruris.shtml


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cientistas decifram DNA de fungo que causa caspa

O Código genético do fungo que causa a caspa foi descoberto por uma equipe internacional de cientistas.

Segundo os especialistas, conhecer em detalhes o genoma do fungo, cujo nome científico é Malassezia globosa, pode levar a tratamentos mais eficazes para o problema.
"A descoberta completa do genoma do Malassezia abre oportunidades incríveis para que os pesquisadores compreendam as interações entre fungos e humanos", disse o pesquisador Thomas Dawson.
O estudo, iniciativa da empresa farmacêutica Procter and Gamble, foi publicado na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O fungo vive na pele humana, de onde se alimenta, causando coceira e a descamação. Há cerca de dez milhões de Malassezia globosa na cabeça de uma pessoa.
Acredita-se que cerca da metade da população sofra de caspa. Os homens tendem a ser mais suscetíveis.
O fungo, geneticamente relacionado à levedura, se alimenta do sebo, a secreção das glândulas sebáceas. O sebo protege e impermeabiliza o cabelo e a pele, evitando que fiquem secos e frágeis.

Fonte:Google

Esta secreção é feita de gordura e fragmentos de células que produzem gordura.
Como o fungo não consegue fabricar seus próprios ácidos graxos, essenciais à sua sobrevivência, alimentam-se do sebo humano.
Para decodificar o genoma do Malassezia Globosa, cientistas cultivaram dez litros do fungo em um tanque e congelaram em nitrogênio líquido, antes de extraírem seu DNA e quebrarem em pedaços minúsculos.
Os cientistas descobriram que o Malassezia Globosa é um dos organismos mais simples já seqüenciados geneticamente por cientistas, 300 vezes menores do que o genoma humano, com apenas 4285 genes.
Ele causa a caspa produzindo enzimas chamadas lipases.
Primeiramente, o fungo usa a lipase para modificar o sebo, criando um composto chamado ácido oléico. Este ácido penetra na camada mais exterior da pele e desencadeia uma renovação de células da pele mais rápida do que o normal. Em pessoas suscetíveis, isto causa a caspa.

Fonte:Google

Os pesquisadores descobriram que o fungo produz oito tipos de lipases, além de três fosfolipases, que usam para digerir os óleos provenientes do couro cabeludo.
Cada uma das proteínas pode, segundo os cientistas, ser um alvo para a criação de novos produtos para o combate à caspa.
Os atuais xampus para tratamento ajudam a controlar as infecções pelo fungo, mas não são 100% confiáveis.
Há apenas cinco anos os cientistas descobriram que a Malassezia globosa era a causa da maioria dos casos de caspa.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2052667-EI8148,00.html

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pitiríase versicolor ("micose de praia", "pano branco")

O que é?

Também vulgarmente conhecida como "micose de praia" ou "pano branco", a Pitiríase versicolor é uma micose, mas, ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina.
O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver provocando as manchas.

Fonte:Dermatologia.net

Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, a pele não se bronzeia. Com o bronzeamento da pele ao redor, ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou aonde estava a micose. Vem daí o nome "micose de praia".

Fonte:Google


Manifestações clínicas

As áreas de pele mais oleosa, como a face, couro cabeludo, pescoço e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas.
A doença se manifesta formando manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores.
As lesões são recobertas por fina descamação que, às vezes, só é percebida quando se estica a pele. Geralmente, a Pitiríase versicolor é assintomática, mas alguns pacientes podem apresentar coceira.

Fonte:Google


Tratamento

A Pitiriase versicolor é uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito com medicamentos de uso via oral (comprimidos) ou local (sabonetes, xampus, locões, sprays ou cremes), dependendo do grau de comprometimento da pele.
Devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, é possível a micose voltar a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido.
Em algumas pessoas, a Pitiríase versicolor pode ocorrer de forma recidivante, voltando a crescer logo após o tratamento. Estes casos exigem cuidados especiais para a prevenção do retorno da doença, cuja orientação deve ser dada pelo médico dermatologista.

Fonte:http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/pitiversi.shtml

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O que é a onicomicose?

Onicomicose é a infecção que acomete as unhas, causada por qualquer tipo de fungo. Pode ser adquirida de várias formas, como pelo contato com o solo, animais e outras pessoas, além de alicates e tesouras que estejam contaminados. Os fungos mais frequentemente implicados pertencem a um grupo chamado de dermatófitos, os quais se alimentam de queratina, a "matéria-prima" das unhas.

Fonte:Google

Qualquer unha pode ser acometida, porém as unhas do pé são mais frequentemente afetadas, devido principalmente ao uso constante de tênis e sapatos, propiciando um ambiente úmido, escuro e aquecido, que é favorável ao desenvolvimento dos fungos. Na maioria das vezes, apenas uma ou duas unhas estão doentes, sendo raro o acometimento de todas as unhas simultaneamente.

Fonte:Google

Normalmente, a primeira unha acometida é a do "dedão do pé". Inicia como uma mudança na cor da unha (amarelada, esbranquiçada ou amarronzada), na ponta, espalhando-se por toda a espessura da unha e depois em direção à cutícula. Com o passar do tempo, a ponta da unha se quebra ou é retirada pelo indivíduo, deixando a pele sob a unha exposta, local onde o fungo está realmente se multiplicando. O restante da unha pode deformar-se, permanecendo assim indefinidamente, se não tratada.
As principais alterações observadas são as seguintes:
  • Descolamento da ponta da unha: é a mais freqüente;
  • Espessamento: as unhas tornam-se endurecidas e grossas, podendo ser dolorosas.
  • Leuconíquia: manchas brancas na unha.
  • Destruição e deformidade: a unha fica frágil e quebradiça, deformando-se.
  • Paroníquia: nessa forma especial, o acometimento é na região do dedo ao redor da unha, que fica inflamada, avermelhada, inchada e dolorida.
A prevenção depende, basicamente, de cuidados de higiene pessoal:
  • Não andar descalço em ambientes constantemente úmidos (vestiários, saunas);
  • Levar animais de estimação ao veterinário caso sejam observadas alterações no pêlo, descamação;
  • Evitar trabalhar com terra sem uso de luvas e calçados;
  • Usar material de manicure próprio, ou esterilizado;
  • Evitar ao máximo o uso de calçados fechados, preferindo os mais largos e ventilados;
  • Preferir as meias de algodão, que absorvem melhor a umidade dos pés, trocando-as frequentemente;
  • Utilize desodorante para os pés, reduzindo assim a transpiração excessiva.

Fonte:http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=5084&ReturnCatID=476

terça-feira, 26 de abril de 2011

Hábitat e metabolismo dos fungos


Os fungos desenvolvem-se bem em ambientes onde há pouca luz e bastante umidade. Você já deve ter notado que, em habitações onde existem essas condições, desenvolve-se um fungo conhecido por mofo.
Os fungos podem ser encontrados também em troncos de árvores, madeiras de construções, objetos de couro, etc. Em solos com matéria orgânica abundante, os fungos são também encontrados.
Como os fungos são organismos heterótrofos, eliminam certas enzimas que decompõem a matéria orgânica liquefazendo-a para depois absorvê-la.
Quanto á respiração, há fungos aeróbicos, isto é, que utilizam o O2 do ar para respirar, e há aqueles que obtêm a energia para a sobrevivência, utilizando a fermentação. Estes últimos, na realidade, são anaeróbicos facultativos, respirando quando existe o O2 disponível e fermentado na ausência de O2 .
Alguns fungos, os chamados cogumelos (champinhons e trufas), são utilizados na indústria de laticínios, como o Penicillium camembertii e o Penicillium roquefortii.
Devido á sua grande capacidade de fermentação, o fungo Saccharomyces cerevisae(levedura) é utilizado nas indústrias de bebidas para a produção do vinho. Nesse caso, o fungo da uva em álcool e outras substâncias.
Da mesma forma, a levedura é usada nas indústrias de panificação para transformar os açúcares, resultantes da transformação do amido da farinha de trigo, em álcool e gás carbônico. Esse gás se expande formando bolhas que estufam a massa do pão, tornando-a leve e macia.
Importância agricola dos fungos
Muitos fungos são prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Entre muitos, citam se a Hemileia verstatrix, fungo caudador da “ferrugem” que destrói plantações de café, o “ carvão”, fungo de cor preta que parasita cereais; os bolores que dizimam plantações de frutos cítricos.
Os fungos podem ser úteis á agricultura
Em 1920, cientistas japoneses descobriram um fungo por eles classificados como Giberella fujikuroi que atacava o caule de arrozais, aumentando-lhe o crescimento. Mais tarde, outros cientistas, dos filtrados da substância obtida do fungo Giberella, extrairam um princípio ativo que, aplicado em plantas com deficiência de crescimento, devolvia a elas o crescimento normal.Tal princípio extraído desse fungo nada mais é do que o hormônio vegetal hoje conhecido sob a denominação giberelina que, inclusive, aplicado em flores de muitas plantas, induz a formação de frutos sem sementes.

Fonte:Google

Importância ecológica dos fungos
Grande número de fungos apresenta importância ecológica devido ao fato de, ao lado de certas bactérias, atuarem como seres saprófagos, isto é, decompositores de matéria orgânica morta, cujos resíduos minerais são devolvidos ao solo e reaproveitados pelas plantas. Citam-se aqui as orelhas-de-pau e os cogumelos de chapéu.


Fonte:Google


Fonte:Google

Não nos esqueçamos também das associações de certas espécies de fungos com algas azuis ou verdes formando os líquens.
Essa associação, há alguns anos atrás denominada simbiose, é tratada hoje como uma relação e mutualismo na qual, através das hifas, o fungo absorve água e sais minerais do meio ambiente e fornece á alga. Esta,utilizando este material na fotossíntese,produz material orgânico ao fungo.
Outro caso de mutualismo exercido pelos fungos é o das micorrizas. Em raízes de gramíneas, de morangueiros, de tomateiros e outras espécies de vegeais, é frequente encontrar –se hifas de fungos associadas a raízes dessas plantas. Certos materiais do solo são degradados pelos fungos e tranferidos ás raízes ,que os absorvem e os utilizam para o seu crescimento. De outra feita, a planta fornece ao fungo determinados açúcares e aminoácidos que são empregados em seu metabolismo.
A diversidade dos fungos
Atualmente são conhecidas cerca de 70.000 espécies de fungos, um número que representa provavelmente apenas cerca de 5% do total de espécies desses seres vivos no planeta. Estimativas como essa apontam para a existência de aproximadamente 1,5 milhão de fungos.
Cerca de 1.700 novas espécies são descritas a cada ano. Se for mantida essa velocidade de descrição de espécies novas, e estimando-se a existência de 1,5 milhão de espécies de fungos no planeta serão necessários mais de 800 anos para que todos os integrantes do reino Fungi sejam conhecidos.
Uma curiosidade: em agosto de 2000, pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos encontraram, na floresta nacional de Malheur, o maior de todos os seres vivos conhecidos: um megafungo (Armillaria ostoyae) de pelo menos 2.400 anos de vida, cujo micélio estende-se sob o solo abrangendo uma área de cerca de 900 hectares – equivalente á área ocupada por 47 estádios do Maracanã, um ao lado do outro. A cor amarelada dos corpos de frutificação produzidos por esse fungo deu a ele o apelido de “cogumelo- mel”.

Fonte:Google