O Código genético do fungo que causa a caspa foi descoberto por uma equipe internacional de cientistas.
Segundo os especialistas, conhecer em detalhes o genoma do fungo, cujo nome científico é Malassezia globosa, pode levar a tratamentos mais eficazes para o problema.
"A descoberta completa do genoma do Malassezia abre oportunidades incríveis para que os pesquisadores compreendam as interações entre fungos e humanos", disse o pesquisador Thomas Dawson.
O estudo, iniciativa da empresa farmacêutica Procter and Gamble, foi publicado na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O fungo vive na pele humana, de onde se alimenta, causando coceira e a descamação. Há cerca de dez milhões de Malassezia globosa na cabeça de uma pessoa.
Acredita-se que cerca da metade da população sofra de caspa. Os homens tendem a ser mais suscetíveis.
O fungo, geneticamente relacionado à levedura, se alimenta do sebo, a secreção das glândulas sebáceas. O sebo protege e impermeabiliza o cabelo e a pele, evitando que fiquem secos e frágeis.
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Esta secreção é feita de gordura e fragmentos de células que produzem gordura.
Como o fungo não consegue fabricar seus próprios ácidos graxos, essenciais à sua sobrevivência, alimentam-se do sebo humano.
Para decodificar o genoma do Malassezia Globosa, cientistas cultivaram dez litros do fungo em um tanque e congelaram em nitrogênio líquido, antes de extraírem seu DNA e quebrarem em pedaços minúsculos.
Os cientistas descobriram que o Malassezia Globosa é um dos organismos mais simples já seqüenciados geneticamente por cientistas, 300 vezes menores do que o genoma humano, com apenas 4285 genes.
Ele causa a caspa produzindo enzimas chamadas lipases.
Primeiramente, o fungo usa a lipase para modificar o sebo, criando um composto chamado ácido oléico. Este ácido penetra na camada mais exterior da pele e desencadeia uma renovação de células da pele mais rápida do que o normal. Em pessoas suscetíveis, isto causa a caspa.
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Os pesquisadores descobriram que o fungo produz oito tipos de lipases, além de três fosfolipases, que usam para digerir os óleos provenientes do couro cabeludo.
Cada uma das proteínas pode, segundo os cientistas, ser um alvo para a criação de novos produtos para o combate à caspa.
Os atuais xampus para tratamento ajudam a controlar as infecções pelo fungo, mas não são 100% confiáveis.
Há apenas cinco anos os cientistas descobriram que a Malassezia globosa era a causa da maioria dos casos de caspa.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2052667-EI8148,00.html