terça-feira, 26 de abril de 2011

Hábitat e metabolismo dos fungos


Os fungos desenvolvem-se bem em ambientes onde há pouca luz e bastante umidade. Você já deve ter notado que, em habitações onde existem essas condições, desenvolve-se um fungo conhecido por mofo.
Os fungos podem ser encontrados também em troncos de árvores, madeiras de construções, objetos de couro, etc. Em solos com matéria orgânica abundante, os fungos são também encontrados.
Como os fungos são organismos heterótrofos, eliminam certas enzimas que decompõem a matéria orgânica liquefazendo-a para depois absorvê-la.
Quanto á respiração, há fungos aeróbicos, isto é, que utilizam o O2 do ar para respirar, e há aqueles que obtêm a energia para a sobrevivência, utilizando a fermentação. Estes últimos, na realidade, são anaeróbicos facultativos, respirando quando existe o O2 disponível e fermentado na ausência de O2 .
Alguns fungos, os chamados cogumelos (champinhons e trufas), são utilizados na indústria de laticínios, como o Penicillium camembertii e o Penicillium roquefortii.
Devido á sua grande capacidade de fermentação, o fungo Saccharomyces cerevisae(levedura) é utilizado nas indústrias de bebidas para a produção do vinho. Nesse caso, o fungo da uva em álcool e outras substâncias.
Da mesma forma, a levedura é usada nas indústrias de panificação para transformar os açúcares, resultantes da transformação do amido da farinha de trigo, em álcool e gás carbônico. Esse gás se expande formando bolhas que estufam a massa do pão, tornando-a leve e macia.
Importância agricola dos fungos
Muitos fungos são prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Entre muitos, citam se a Hemileia verstatrix, fungo caudador da “ferrugem” que destrói plantações de café, o “ carvão”, fungo de cor preta que parasita cereais; os bolores que dizimam plantações de frutos cítricos.
Os fungos podem ser úteis á agricultura
Em 1920, cientistas japoneses descobriram um fungo por eles classificados como Giberella fujikuroi que atacava o caule de arrozais, aumentando-lhe o crescimento. Mais tarde, outros cientistas, dos filtrados da substância obtida do fungo Giberella, extrairam um princípio ativo que, aplicado em plantas com deficiência de crescimento, devolvia a elas o crescimento normal.Tal princípio extraído desse fungo nada mais é do que o hormônio vegetal hoje conhecido sob a denominação giberelina que, inclusive, aplicado em flores de muitas plantas, induz a formação de frutos sem sementes.

Fonte:Google

Importância ecológica dos fungos
Grande número de fungos apresenta importância ecológica devido ao fato de, ao lado de certas bactérias, atuarem como seres saprófagos, isto é, decompositores de matéria orgânica morta, cujos resíduos minerais são devolvidos ao solo e reaproveitados pelas plantas. Citam-se aqui as orelhas-de-pau e os cogumelos de chapéu.


Fonte:Google


Fonte:Google

Não nos esqueçamos também das associações de certas espécies de fungos com algas azuis ou verdes formando os líquens.
Essa associação, há alguns anos atrás denominada simbiose, é tratada hoje como uma relação e mutualismo na qual, através das hifas, o fungo absorve água e sais minerais do meio ambiente e fornece á alga. Esta,utilizando este material na fotossíntese,produz material orgânico ao fungo.
Outro caso de mutualismo exercido pelos fungos é o das micorrizas. Em raízes de gramíneas, de morangueiros, de tomateiros e outras espécies de vegeais, é frequente encontrar –se hifas de fungos associadas a raízes dessas plantas. Certos materiais do solo são degradados pelos fungos e tranferidos ás raízes ,que os absorvem e os utilizam para o seu crescimento. De outra feita, a planta fornece ao fungo determinados açúcares e aminoácidos que são empregados em seu metabolismo.
A diversidade dos fungos
Atualmente são conhecidas cerca de 70.000 espécies de fungos, um número que representa provavelmente apenas cerca de 5% do total de espécies desses seres vivos no planeta. Estimativas como essa apontam para a existência de aproximadamente 1,5 milhão de fungos.
Cerca de 1.700 novas espécies são descritas a cada ano. Se for mantida essa velocidade de descrição de espécies novas, e estimando-se a existência de 1,5 milhão de espécies de fungos no planeta serão necessários mais de 800 anos para que todos os integrantes do reino Fungi sejam conhecidos.
Uma curiosidade: em agosto de 2000, pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos encontraram, na floresta nacional de Malheur, o maior de todos os seres vivos conhecidos: um megafungo (Armillaria ostoyae) de pelo menos 2.400 anos de vida, cujo micélio estende-se sob o solo abrangendo uma área de cerca de 900 hectares – equivalente á área ocupada por 47 estádios do Maracanã, um ao lado do outro. A cor amarelada dos corpos de frutificação produzidos por esse fungo deu a ele o apelido de “cogumelo- mel”.

Fonte:Google


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